A integração lavoura-floresta-pecuária (ILPF) está emergindo como uma prática agrícola inovadora no Brasil, destacando-se não apenas por sua lucratividade, mas também por seu impacto positivo na sustentabilidade. A recente pesquisa que comparou diferentes sistemas, incluindo pastagem solteira, integração lavoura-pecuária (ILP), integração pecuária-floresta (IPF) e ILPF, revelou resultados promissores.
Sequestro de Carbono e Sustentabilidade: Os dados apontam para um balanço líquido de carbono equivalente negativo em todos os sistemas após quatro anos, indicando um sequestro de carbono maior do que as emissões. Essa descoberta destaca a capacidade da ILPF não apenas de ser lucrativa, mas também de desempenhar um papel ativo na mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
Preservando as Florestas e Biodiversidade: Um aspecto crucial a ser destacado é o impacto positivo na redução da área desmatada. Enquanto a expansão agrícola convencional muitas vezes resulta na derrubada de vastas áreas de floresta, a integração da pecuária com florestas de teca permite o uso produtivo da terra sem comprometer a cobertura vegetal original. Isso não apenas preserva a biodiversidade, mas também contribui para mitigar os efeitos do desmatamento, algo crucial em um momento em que a conservação ambiental é uma prioridade global.
Contribuição para a Sustentabilidade da Carne Brasileira: O Brasil, como o segundo maior produtor de carne do mundo, pode colher benefícios significativos ao adotar a ILPF. Equilibrando a produção de alimentos, a conservação ambiental e o sequestro de carbono, o país tem a oportunidade de consolidar sua posição como líder global na produção agropecuária responsável. A ILPF emerge como uma ferramenta valiosa para enfrentar os desafios contemporâneos da agricultura, promovendo uma abordagem holística para um futuro sustentável.
