Uma nova iniciativa promete transformar o panorama do agronegócio brasileiro, unindo esforços para promover práticas mais sustentáveis e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Trata-se da recém-formada Câmara Temática de Agrocarbono Sustentável, cuja criação foi anunciada oficialmente no Diário Oficial da União e entrará em vigor a partir de março.
Composta por 74 titulares e igual número de suplentes, esta câmara reunirá representantes dos setores público e privado, incluindo associações rurais, instituições científicas, organizações não governamentais e órgãos do governo. O objetivo principal é desenvolver políticas que garantam segurança alimentar, climática e ambiental, ao mesmo tempo em que impulsionam um setor agropecuário produtivo em escala global.
De acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, a câmara focará inicialmente em quatro áreas chave:
- Taxonomia do Setor: Este grupo se dedicará a identificar e classificar iniciativas sustentáveis em cada cadeia produtiva do agronegócio, visando promover práticas mais eficientes e ambientalmente responsáveis.
- Rastreabilidade e Certificações: Aqui, o objetivo é garantir a procedência produtiva no mercado internacional, por meio de sistemas de rastreabilidade e certificações que atestem a sustentabilidade dos produtos agrícolas brasileiros.
- Finanças Sustentáveis: Este grupo buscará formas de viabilizar financeiramente as práticas sustentáveis no agronegócio, incentivando investimentos em projetos que contribuam para a redução das emissões de carbono e o aumento da eficiência ambiental.
- Mercado de Carbono: Por fim, será discutido o papel do mercado de carbono como ferramenta para incentivar a adoção de práticas sustentáveis no agronegócio, criando mecanismos de compensação para os produtores que adotarem medidas de mitigação de emissões.
A Câmara Temática de Agrocarbono Sustentável funcionará como órgão consultivo do Conselho Nacional de Política Agrícola, assessorando o Ministério da Agricultura e Pecuária na elaboração de políticas públicas e na construção, acompanhamento e fiscalização do Plano de Diretrizes Agrícolas. Com isso, espera-se um avanço significativo na promoção da sustentabilidade e na adaptação do agronegócio brasileiro aos desafios ambientais globais
